Olha, você sente dificuldades em atingir o orgasmo? Quer continuar a fazer parte dessa estatística, ou assumir a responsabilidade pelo seu próprio prazer na sua vida sexual?
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Veja a situação a seguir e perceba se você se identifica com ela: um dia, ele te procura, mas você está muito cansada para pensar em sexo, vira de lado e dorme. No outro, você até está descansada, mas sem nenhuma vontade de transar.
Passam-se os dias, você não busca o seu parceiro e, quando ele te procura para transar, você “foge”. De repente, a falta de sexo vira rotina e você descobre que perdeu o interesse. Essa situação é mais comum do que se imagina, e pode acontecer porque a mulher não chega ao orgasmo nas relações.
Afinal de contas, se não há prazer na cama, o sexo passa a ser visto como uma obrigação na relação.
A ausência do orgasmo na vida sexual é uma realidade para muitas mulheres. Segundo o Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo, 50% das brasileiras têm dificuldades para atingir o orgasmo.
Isso quer dizer que, de cada duas mulheres, uma não está satisfeita com sua vida sexual – e mais preocupante do que isso é quando essa ausência de prazer na cama é acompanhada, também, de uma falta de iniciativa na busca para melhorar a sua própria sexualidade.
O que pode levar à inibição do orgasmo feminino?
Falta de intimidade com o parceiro
Esse é um dos motivos que levam à dificuldade de chegar ao orgasmo na cama (e não se engane, a falta de intimidade atinge você e seu parceiro!). A intimidade só é conquistada com o convívio, e, geralmente, depois de um tempo, o casal tende a se entender melhor na cama, saber quais são as preferências um do outro e como o outro reage a determinados estímulos. Mas existe outro lado da falta de intimidade que poucas pessoas associam à inibição do orgasmo feminino: o sexo sem vontade.
Isso acontece – e muito –, e eu tenho certeza que, se você nunca passou por essa situação, com certeza conhece uma mulher que disse sim querendo dizer não.
A típica transa no primeiro encontro é um bom exemplo de como a falta de intimidade pode levar à inibição do orgasmo.
Não existe nada de errado em ir pra cama no primeiro, segundo, terceiro encontro – e por aí vai – desde que exista uma vontade mútua, e não um sentimento de obrigação, que é um peso carregado, principalmente, pelas mulheres.
Muitas mulheres ainda têm vergonha de demonstrar sua sexualidade por temer julgamentos, o que acaba restringindo o seu próprio prazer.
É isso que acontece quando a mulher tem o desejo de transar no primeiro encontro, mas não o faz por conta da repressão diante da opinião masculina.
Se você está se perguntando qual a relação entre esse tipo de situação e a responsabilidade feminina a respeito do próprio prazer, é a seguinte: se você não quiser, não deve fazer.
Aprenda a respeitar suas vontades e a não passar por cima delas por conta do desejo do outro.
Afinal de contas, se você vai para a cama sem querer e apenas com a ideia de que precisa corresponder a uma expectativa, com certeza vai ser difícil de chegar ao orgasmo.
Outra coisa que eu acho preocupante é que o sentimento de ir para a cama pensando mais no outro do que em si mesma é mais comum do que se pensa.
Segundo a pesquisa Mosaico 2.0, divulgada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), 40,7% das mulheres transam com medo de não corresponder à expectativa alheia, enquanto apenas 18,8% se preocupam se vão atingir o orgasmo.
Não conhecer o seu próprio corpo
Quando foi a última vez que você se masturbou?
Se essa pergunta ainda lhe causa choque, ou se você não sabe respondê-la, porque, simplesmente, a masturbação não é um hábito, saiba que você pode estar abrindo mão de conhecer o seu corpo, e, consequentemente, de sentir prazer durante o sexo. Durante muito tempo, o orgasmo feminino foi visto como algo errado.
Os reflexos dessa repressão e a histórica falta de encorajamento na busca do próprio prazer feminino são sentidos até hoje.
Segundo a mesma pesquisa da USP, 40% das mulheres do país não se masturbam, e dessas, 19,5% nunca experimentaram a prática.
Os números masculinos demonstram essa desigualdade de comportamento sexual: 82,7% dos brasileiros se masturbam frequentemente.
Explorar o próprio corpo é um comportamento instintivo, e, inacreditavelmente, é na primeira infância que temos maior liberdade social para fazer isso. Bebês passam por diversas fases de descobertas e levam os pés e as mãos à boca, da mesma forma que, quando maiores, começam a tocar a genitália.
Apesar de natural, esse é um comportamento que costuma sofrer repreensão, principalmente quando vindo de meninas – e aí surgem as famosas frases do tipo “tira a mão daí, é feio”.
Passada a infância, e depois de desenvolver a consciência sobre o corpo, é preciso que as mulheres entendam que se tocar é sim normal – e mais importante, saudável. Portanto, esqueça aquilo que lhe foi dito lá atrás e acredite: “coloque a mão lá, é legal”.