Você já parou para refletir por que faz sexo? Além da reprodução, existem outros porquês, e neste texto eu vou te dizer quais são eles.
Eu vou te falar o porquê de nós fazermos sexo. Uai, por que é bom, né não? Mas na verdade, o ser humano é o único animal que pensa em sexo, sonha com sexo, se imagina fazendo sexo.
Falando assim parece até que todo mundo é super tarado e sexualmente ativo, né? Mas não é bem isso. O meu ponto é que nós somos seres altamente sexuais, e o sexo tem, sim, um papel muito importante na nossa vida.
Claro, algumas pessoas pensam em fazer e de fato fazem sexo bem mais do que outras, e existem diversos motivos para explicar isso.
No entanto, no geral, quando pensamos em alguém saudável, que não tem bloqueios físicos, emocionais, culturais ou sociais que limitam a sua sexualidade, assumimos que é alguém com uma atividade sexual alta.
E por quê? Por que nós fazemos sexo?
Até recentemente, a ciência reconhecia dois fatores exclusivos pelos quais nós, seremos humanos, fazíamos sexo: procriar e ter prazer.
No entanto, um estudo de 2007, dois psicólogos chamados Cindy Meston e David Buss identificaram que, na verdade, existem 4 motivos que explicam o nosso desejo de ter relações sexuais.
Razões físicas
O primeiro fator identificado pelos psicólogos foi o físico, e ele é justificado pelo prazer individual, o prazer proporcionado pela atração física por outra pessoa, a vontade de adquirir experiência e melhorar a performance e, por último, para aliviar a tensão;
Atingir objetivos
Outro motivo identificado por eles diz respeito a atingir de objetivos. Quando pessoas fazem sexo por essa razão, elas geralmente estão à procura de: recursos, ou seja, uma forma de obter algo que desejam. Seja status social, manter a reputação, ter uma “carta na manga” para obter vantagem sobre alguém ou, ainda, como forma de vingança. Sim, as pessoas fazem sexo por vingança, pura e exclusivamente para machucarem emocionalmente ou socialmente alguém;
Questões emocionais
No terceiro grupo de motivos estão as questões emocionais, que dizem respeito aos sentimentos de amor e comprometimento. Acontecem quando somos motivados a nos engajar em relações sexuais por conta de um grande afeto ou ligação emocional que compartilhamos com o outro;
Insegurança
A última razão pela qual fazemos sexo, de acordo com Cindy Meston e David Buss, é a insegurança. Para eles, esse motivo tem algumas origens: encontrar um parceiro sexual pode influenciar no aumento da autoestima; por ser mental ou fisicamente obrigada por alguém a ter relações pessoa; ou para “garantir” a permanência do parceiro ao seu lado.
Mas, o que saber disso pode ajudar de maneira prática na nossa vida sexual e relacionamento?
Bom, eu acredito que você pode (e vai) dar início a uma jornada de autoconhecimento sexual. Pensar a respeito do que realmente te motiva a fazer sexo é uma ótima maneira de descobrir o que você gosta e desgosta no ritual e no ato em si, e quais fatores influenciam, tanto positiva quanto negativamente, no seu prazer.
Eu aconselho que você leve esse conhecimento ao seu parceiro, porque é necessário que ele entenda o motivo pelo qual faz sexo também.
Se os dois já derem início à caminhada juntos, não há dúvidas de que o caminho vai ser muito mais prazeroso.
Com isso, eu já te direciono para o primeiro exercício do módulo: descubra exatamente o que motiva você e o parceiro a fazerem sexo de maneira geral e reflitam sobre o assunto!
E como você vai descobrir isso? Conversando com ele, é claro. Mas se ele não estiver à vontade, faça a descoberta sozinha, ok? Não deixe para depois. Antes de seguir com o módulo, é interessante que você tenha essas informações.
Agora, se realmente não for mesmo possível ter a conversa, ou caso você esteja solteira, certifique-se de que sabe com certeza qual é o seu motivo.
Pensamento de sexo
Agora, eu quero te convidar a pensar sobre sexo. E eu explico o porquê.
O sexo começa na mente, e só depois que ele chega no nosso corpo. E isso é ainda mais forte em se tratando das mulheres. Por essa razão, pensar sobre o sexo faz muita diferença para nós lidarmos com as nossas relações sexuais.
Entender o que o sexo significa para nós vai muito além de descobrir as preferências sexuais. Sim, ter plena noção daquilo que você gosta ou não gosta na cama é importantíssimo. Mas a maneira como você enxerga o sexo tem bem mais impacto do que a sua posição favorita.
Desde muito novas, somos levadas a acreditar que o sexo é uma coisa feia e suja. Mesmo sem ao menos entendermos qualquer coisa sobre sexualidade, somos desencorajadas a tocar nossos corpos e até punidas se fazemos isso.
É possível que, quando você era criança, seus pais tenham te dado broncas quando te viram com a mão na vagina. Talvez você estivesse apenas coçando ou puxando a calcinha que incomodava. Mas na cabeça deles, e de praticamente todos os pais, parece ser um pecado mortal uma menina ousar levar sua mão até lá embaixo.
Mas não para por aí. Quando ficamos maiorzinhas, começam as restrições a certos tipos de roupas também. E isso é uma verdade mais dura ainda na adolescência, que convenhamos, é uma fase muito cruel com boa parte das mulheres.
Shorts, saias e vestidos curtos, blusas transparentes, decotadas ou qualquer coisa que mostrasse um pouquinho mais o corpo eram o pesadelo de todo pai de menina: “Vestida assim, você não vai pra canto nenhum”.
Questão cultural
Bom, essa é apenas uma das muitas frases. Muitas de nós cresceu ouvindo “menina, tira a mão daí”, “filha minha não anda desse jeito”..
A verdade é que toda essa carga de repressão deixa marcas profundas na mulher em relação às suas atitudes quanto ao sexo.
Muitas de nós vêm de criações religiosas, conservadoras, e sem qualquer tipo de estímulo para pensarmos e desenvolvermos a nossa sexualidade. Então, é claro que uma criação assim, associada a vários outros fatores da nossa cultura e sociedade, nos inibem de dar início a uma vida sexual com confiança.
Aliás, não nos inibem apenas de começar, mas de ter uma vida sexual confiante de modo geral.
Imagine só a cena: uma mesa de amigos com homens conversando sobre mulher e sexo, claro. Muito provavelmente eles vão falar sobre as próprias aventuras sexuais e, também, de filmes pornográficos.
E por mais que eles gostem de assistir a esse tipo de conteúdo, sempre um deles vai dizer que “mulher de respeito não faz essas coisas ‘na vida real’, só quem faz isso é puta”.
E toda vez eu penso: o que nós estamos autorizadas a fazer na cama então? Será que temos que nos contentar com uma vida sexual morna porque é o que uma “mulher de respeito” faz?
E o pior de tudo é que muitas de nós internalizam esses estigmas e, por conta disso, passam a vida inteira tendo experiências ruins com o sexo.
Eu conheço mulheres que só tiveram coragem de se mastubar pela primeira vez na casa dos 50, 60 anos; mulheres que acharam a vida toda que fazer sexo não tinha nada a ver com prazer; mulheres que não acreditavam ser possível ter um orgasmo.
Mas sabe o que todas essas mulheres tinham em comum?
Rompendo com o tradicional
Elas resolveram romper com impedimentos de uma vida inteira e decidiram que estava mais do que na hora de começar a pensar de verdade sobre sexo.
Sim, homens e mulheres são realmente diferentes quando o assunto é sexo. Aliás, homens e mulheres são completamente diferentes em vários outros pontos, e aceitar isso é o primeiro passo para não ficar batendo cabeça no relacionamento.
O homem tem uma resposta muito mais rápida que as mulheres aos estímulos sexuais, o que faz com que o desejo e a excitação dele aconteça em um curto período. Ou seja, o homem não demora para responder sexualmente aos seus impulsos quando é estimulado. Independentemente do contexto.
Por outro lado, a mulher precisa do contexto! Nós não temos essa primeira explosão de desejo e excitação como a dos homens. E necessitamos, sim, que todos os astros estejam alinhados em perfeita sintonia para a mágica acontecer.
E qual o motivo disso? Porque homem, quando faz sexo, SÓ pensa em sexo. E mulher, quando faz sexo, tem a mania irritante de pensar até na festa de aniversário da filha da vizinha.
Mas não é só isso. Há várias outras razões para nós termos essas diferenças em relação à sexualidade, e algumas delas têm até fundo histórico e evolutivo.
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