Recentemente, casos de figuras públicas como Naiara Azevedo, Susana Werner e Ana Hickmann trouxeram à tona a realidade do abuso patrimonial. Essa forma de violência muitas vezes passa despercebida, mas tem um impacto profundo na vida das mulheres.
Susana Werner, após anunciar sua separação, citou o abuso patrimonial como um dos desafios enfrentados. Ana Hickmann, por sua vez, destacou a importância de estar atenta a sinais de alienação financeira. Estes exemplos ressaltam como até mesmo mulheres bem-sucedidas e reconhecidas publicamente podem enfrentar tais desafios.
Ou seja: todas nós devemos ficar atentas, pois obstruir nosso acesso aos nossos recursos financeiros pode restringir severamente nossa liberdade e nosso bem-estar obrigando muitas mulheres a permanecer em relações abusivas por não ter condições financeiras de sair delas – mesmo quando esse dinheiro é fruto do trabalho da própria mulher. Vamos discutir como identificar o abuso patrimonial, se proteger e buscar a tão sonhada independência financeira feminina.
O que é abuso patrimonial e como acontece nos relacionamentos abusivos?
Abuso patrimonial é uma forma de violência em que uma pessoa controla ou limita os recursos financeiros da outra, impedindo-a de ter independência econômica. Isso pode incluir controlar o acesso a dinheiro, restringir o trabalho ou estudos, e manipular decisões financeiras.
Em notícias recentes celebridades brasileiras destacam a seriedade deste problema. Ana Hickmann, depois que pediu separação e medida protetiva contra seu ex-marido, Alexandre Correa, se deparou com alegações de dívidas empresariais e com o desaparecimento de R$ 25 milhões.
Com a cantora Naiara Azevedo, a violência patrimonial ocorreu quando seu ex-marido limitou o acesso da artista ao seu próprio dinheiro. Naiara relatou que recebia apenas R$ 1 mil por mês e teve acesso restrito aos equipamentos necessários para seus shows, o que impactou diretamente sua capacidade de trabalhar e gerar renda.
Já a atriz Susana Werner conta que recebia uma mesada controlada pelo ex-marido, que limitava significativamente sua autonomia financeira. Ela mencionou quenão tinha liberdade para tomar decisões financeiras, inclusive mencionando um exemplo específico de uma obra no valor de cerca de R$ 20 mil que não pôde pagar sem a autorização do ex-marido.
Já pensou, você ralar pra caramba, se tornar uma mulher famosa e bem sucedida, e depois disso tudo ter um homem impedindo você de usufruir do dinheiro que você batalhou tanto para ter? Estes exemplos mostram como o abuso patrimonial afeta inclusive mulheres famosas, bem-sucedidas e independentes financeiramente. É um lembrete de que qualquer pessoa pode ser vulnerável a esse tipo de abuso em um relacionamento.
Estatísticas apontam que uma grande parcela das mulheres em relações abusivas sofre também de abuso financeiro, muitas vezes sem reconhecer isso como uma forma de violência.
Um dos dados mais recentes, aponta que a violência patrimonial representa 24.387 casos no Brasil. Além disso, uma pesquisa abrangente citou que a violência patrimonial representa 34% dos tipos de violência doméstica experimentados por mulheres. E o pior disso tudo é que muitas de nós passa por isso e nem se dá conta! Confira alguns exemplos para ver se algo parecido acontece com você
Exemplos de casos de Violência ou Abuso Patrimonial
Aqui está uma lista em tópicos dos exemplos mais comuns de abuso patrimonial cometido por maridos abusivos:
1. Controle Excessivo do Dinheiro: Impedir a esposa de ter acesso a contas bancárias conjuntas ou pessoais, ou controlar rigorosamente como ela gasta dinheiro.
2. Restrição ao Trabalho ou Estudos: Proibir ou limitar a esposa de trabalhar ou estudar, restringindo assim sua capacidade de gerar sua própria renda e alcançar independência financeira.
3. Manipulação de Decisões Financeiras: Tomar decisões financeiras importantes sem consultar ou contra a vontade da esposa, incluindo investimentos, compras grandes ou venda de propriedades.
4. Confisco de Renda: Exigir que a esposa entregue seu salário ou outros ganhos, e decidir unilateralmente como esse dinheiro será gasto.
5. Destruição de Propriedades: Danificar intencionalmente ou destruir propriedades que pertencem à esposa ou que são importantes para sua estabilidade financeira.
6. Limitação de Recursos para Necessidades Básicas: Prover valores insuficientemente para necessidades básicas como alimentação, roupas ou cuidados médicos.
7. Roubo de Identidade ou Fraude: Usar o nome da esposa sem permissão para contrair empréstimos, abrir contas ou realizar outras atividades financeiras ilícitas.
8. Sonegação de Informações Financeiras: Esconder informações sobre a situação financeira do casal, como dívidas, ativos ou renda.
9. Imposição de Dívidas: Forçar a esposa a contrair dívidas ou empréstimos contra sua vontade ou sem seu conhecimento.
10. Desestimulo à Autonomia Financeira: Desencorajar ou impedir a esposa de buscar educação financeira ou de desenvolver habilidades para gerir suas próprias finanças.
Estes comportamentos visam reduzir a autonomia financeira e a liberdade pessoal da esposa, mantendo-a em uma posição de dependência e vulnerabilidade. É crucial reconhecer esses sinais e buscar ajuda caso se encontre em uma situação semelhante.
Estratégias para Alcançar a Autonomia Financeira
Se você se identificou em alguma das situações que citei acima, seu primeiro desafio é conquistar sua independência financeira. Para isso, a primeira etapa é investir na sua educação financeira.
Independente do seu grau de escolaridade, a falta de educação financeira é um problema crônico do nosso país, que não inclui essas disciplinas na formação básica das crianças e jovens. Além disso, muitas mulheres passam tanto tempo sendo impedidas de tomar decisões financeiras, que entram em pânico e não sabem o que fazer quando precisam assumir as rédeas da própria vida.
Por isso, antes de mais nada você precisa aprender esse conhecimento poderoso que tem o potencial de transformar sua vida. Busque aprender sobre conceitos básicos de finanças pessoais, investimentos e economia doméstica. Não se trata apenas de aprender economizar dinheiro, mas sim de aprender a fazer boas escolhas e multiplicá-lo. Procure cursos, workshops e bons livros – a internet está recheada de boas opções!
Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo
Suas habilidades profissionais são suas maiores aliadas para uma transformação completa na sua vida. E isso não é apenas dom de Deus: você pode (e deve!) treinar e desenvolver. Investir em educação e treinamento, seja por meio de estudos formais ou cursos livres, é investir em si mesma.
O empreendedorismo pode ser uma grande saída, principalmente para as mamães. Criando sua própria empresa, além de poder escolher trabalhar com produtos e abordagens de trabalho que estejam conectados com a sua essência, você ainda pode construir uma jornada de trabalho flexível, que possibilite você dar a atenção que os filhos precisam sem prejudicar os negócios.
Muitas mulheres descobrem que, ao construir seus próprios negócios, não apenas alcançam independência financeira, mas também conseguem alcançar a tão sonhada realização pessoal e profissional – assim como foi o meu caso. Já deu uma olhadinha no meu documentário? Você vai se surpreender e se inspirar, tenho certeza!
Tenha independência financeira e escolha a vida que quer viver!
A independência financeira é mais do que números em uma conta bancária: é ter a liberdade de fazer escolhas próprias e viver uma vida livre de abusos e restrições. Se não está bom para você, pode simplesmente ir embora e continuar sua vida onde quiser. Quando você é uma mulher bem resolvida ninguém pode te impedir!
Porém, esse é um caminho que exige coragem, determinação e, acima de tudo, fé em si mesma. E nem sempre é fácil alcançar isso tudo sozinha – ter um grupo de apoio e inspiração é fundamental.
Venha aprender a evolucionar sua autoestima, conquistar liberdade emocional e financeira e resgatar a sua melhor versão de si mesma. Acompanhe meu novo podcast e trabalhe seu autodesenvolvimento todos os dias!