Sabe aquela velha história de que hoje em dia os casamentos estão descartáveis e que não são mais como os de antigamente?
É claro que comparar a realidade do passado com a dos tempos atuais é difícil, pois os costumes, as relações e cobranças sociais eram outras.
Mas se há uma verdade nesse ditado popular, e que eu realmente percebo no meu ciclo de amizades e nas histórias que as pessoas compartilham comigo, é que, hoje, diferentemente das uniões de outras gerações, ao menor sinal de problemas, as partes desistem do casamento, e quase não há esforço para tentar recuperar alguns pontos para que a relação sobreviva aos tempos difíceis e para que o casal supere o casamento em crise.
Hoje, a gente vai conversar sobre esses momentos difíceis no casamento em crise que requerem atenção de ambas as partes para que a relação saia ainda mais fortalecida, e você vai entender que:
- Para identificar a raiz do problema, é preciso não ter medo de tocar na ferida;
- É preciso verbalizar;
- Terapia de casal pode ser uma solução para o casamento em crise;
- Sinceridade é a chave para a felicidade.
Portanto, se você está passando por um casamento em crise, vamos por partes.[vc_single_image image=”11630″ img_size=”full”]
Antes de tudo, um aviso: não se iluda, os problemas virão.
São certos como a chuva depois dos trovões. Agora, quem define se a tempestade vai causar estrago, ou, então, vai ajudar a semear novas mudas no solo que está seco, é você.
Como cuidar do casamento em crise?
Mergulhe a fundo no problema
A primeira pergunta que eu faço para quem me diz que está com o casamento em crise é se a pessoa está preparada para mergulhar nas profundezas desse mar de incertezas, reviver mágoas, sentimentos adormecidos e trazer à tona tudo que está colocando em jogo a continuidade da relação.
E se você tem medo de tomar essa atitude, não se sinta menos forte por conta disso.
Ninguém disse que é fácil, e é preciso, sim, muita coragem para ir em frente.
Isso porque um casamento em crise não se resolve da noite pro dia, e nem existe uma fórmula mágica para isso. Durante essa fase, vão ser precisos muitos mergulhos e subidas à superfície para respirar e retomar o fôlego.
Nesse processo contínuo de ir ao fundo e voltar, é bom estar preparada para enfrentar, de frente, todas as questões que vão emergir. Mas é esse o segredo para que você encontre, de fato, os motivos pelos quais não está feliz na sua relação.
Muitas vezes, eles se disfarçam – e nós acabamos por ignorá-los – entre a maratona do dia a dia e a rotina.
Mas, como eu sempre gosto de lembrar, uma vez que afogamos tudo aquilo que sentimos dentro de nós e negligenciamos os sinais de alerta de tempestades, acabamos navegando em mar aberto e ficamos vulneráveis à tormenta.
E é justamente sobre isso que vamos falar a partir de agora.[vc_single_image image=”11637″ img_size=”full”]
1 – Navegar é preciso, mas verbalizar é mais ainda
De nada adianta você enfrentar as maiores ressacas de um casamento em crise se elas não forem compartilhadas com o seu companheiro. Por isso que eu costumo dizer que, tão importante quanto mergulhar a fundo nos problemas que levaram à crise é verbalizá-los.
E a gente tem um medo da exposição, isso é normal.
Porque esse tipo de conversa não é leve, gostosa e nem arranca gargalhadas como em outros tempos em que vocês perdiam a noção da hora quando sentavam para bater-papo.
Na maior parte das vezes, elas são exatamente o oposto disso, mas precisam se tornar reais para resgatar o sentimento que une o casal.
Portanto, para que a conversa não tome um rumo diferente do desejado, o que é muito comum quando há mágoas e ressentimentos entre o casal, prepare-se para este momento.
E uma das formas de se fortalecer é fazendo uma lista com todos os pontos que você identifica como problemáticos, os seus sentimentos e expectativas em relação a eles e as propostas de mudança.
Esses são itens que devem estar presentes nessa lista, que vai servir como um roteiro para que você exponha tudo aquilo que é preciso.
Acredite: só de passar para o papel as palavras que, até então, estavam aprisionadas dentro de você, já vai lhe proporcionar uma leveza e a segurança necessária para encarar essa conversa com o seu parceiro.
O ideal é que o seu marido também esteja disposto a fazer a mesma lista.
Dessa forma, no decorrer da conversa, os dois vão ter a chance de verbalizar aquilo que acreditam ser necessário para discutir o casamento em crise.
Esteja preparada: ele pode levantar pontos pelos quais você não espera ou não tenha se dado conta que existem.
Por isso, estar disposta a absorver essas questões é o ponto crucial para que a iniciativa tenha sucesso e não se resuma apenas a mais um momento de trocas de mágoas e ressentimento.[vc_single_image image=”11642″ img_size=”full”]
Portanto, quanto chegar o momento, abaixe a guarda, se desnude de qualquer tipo de armadura e esteja aberta para conversar sobre o casamento em crise.
2 – Que tal tentar a terapia de casal?
Essa é outra opção para quem quer tentar resgatar um casamento em crise, e pode ser uma escolha depois de todas as outras não terem surtido efeito.
Não que ela seja a última cartada da relação, muito pelo contrário.
Eu conheço casais que são adeptos da terapia mesmo quando não existem problemas aparentes, e é exatamente para evitar que apareçam que eles se permitem sentar e conversar sobre a relação, não no sofá de casa, mas no consultório, com a mediação de um terapeuta uma ou duas vezes ao mês.
Esse é um passo que exige mais desprendimento de ambas as partes, já que, se é difícil propor o diálogo a dois, com uma terceira pessoa essa missão pode ser ainda mais intimidadora.
Mas não desanime por isso: uma vez vencidos os preconceitos e receios que postergam a visita ao consultório, os efeitos da terapia de casal podem ser transformadores e ajudar a resgatar tudo aquilo que, um dia, uniu você e seu marido.
Afinal de contas, um casamento em crise não é sinônimo de término, certo?
Se assim fosse, não teria o porquê de ainda denominar a relação com o rótulo do matrimônio.[vc_single_image image=”11646″ img_size=”full”]
3 – A sinceridade é um dever e direito de ambos
Enquanto houver esforços de ambas as partes, um casamento em crise pode, sim, ser resgatado.
Mas para que isso aconteça, independentemente dos métodos que vocês escolherem, é preciso ter uma única regra básica, e essencial para que os resultados sejam verdadeiros e permanentes: a sinceridade.
Ela deve estar presente em todas as etapas do processo.
Em um primeiro momento, é preciso que você seja sincera consigo ao identificar todos os fatores que estão precisando de ajustes para que a relação siga em frente, e, também, para reconhecer, em si, alguns pontos que precisam ser mudados para esse mesmo objetivo.
Depois, quando chegar o momento de expor os sentimentos, as frustrações e os desejos de mudança, ela também deve estar lá, e reger todo o roteiro da conversa.
Sem sinceridade, todos os indicativos de avanços que podem surgir durante o processo de resgate de um casamento em crise acabam sendo frágeis demais, e tendem a se romper novamente.
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