Você já reparou que aquela coceira na vagina só acontece nos momentos mais impróprios do dia? Pois é, ela pode estar associada a algum tipo de infecção vaginal.
Você está no trabalho, dentro do ônibus ou em um ambiente público e, de repente, começa aquele comicho, a coceira na vagina. Ui! Que mulher nessa vida nunca passou por esse tipo de situação na vida?
O problema é quando essa coceira vaginal está associada a outros sintomas, como corrimento, irritação na vulva e odores na região. Esse pode ser um problema de saúde íntima que precisa ser tratado.
A saúde íntima da mulher é algo essencial para manter a qualidade de vida, portanto, se você sente coceira na vagina ou nota diferentes tipos de corrimento, eles podem ser sinais das primeiras manifestações de uma possível infecção vaginal.
Por isso, hoje você vai aprender neste post quais as causas da coceira na vagina e dos diferentes tipos de corrimentos, e como lidar com esse tipo de situação. Vamos lá!
Tópicos do post:
- Corrimentos podem causar coceira na vagina:
- O que pode causar coceira na vagina?
- Quais são os sinais de alerta da coceira na vagina?
- O que são os corrimentos?
- É normal ter corrimento?
- O que pode causar corrimentos?
- Quando os tipos de corrimento podem ser indícios de um problema maior?
- Como tratá-los?
- A ginástica íntima ajuda a melhorar a saúde íntima da mulher
Corrimentos podem causar coceira na vagina:
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O que pode causar coceira na vagina?
A coceira na vagina pode ser algo normal, afinal, quem não coça os braços ou pernas de vez em quando?
O problema é quando isso costuma ocorrer com frequência ou bastante intensidade. Caso essa coceira estiver associada a diferentes tipos de corrimento — amarelado, mais talhado, acinzentado —, as chances de que haja um problema mais grave aumentam.
Entenda o que pode estar por trás da coceira na vagina:
01. Candidíase
Infecção vulvovaginal, a candidíase é o tipo mais comum de vaginite aguda nos países tropicais.
Essa alteração é causada por várias espécies de Candida, fungos comensais ( fungos que vivem em outro organismo sem causar danos) das mucosas vaginal e digestiva, que podem tornar-se patogênicos quando algumas condições alteram a região.
Estima-se que 75% das mulheres, em algum momento, vão apresentar algum episódio de candidíase, mas que que 20 a 25% apresentam colonização assintomática.
Além da coceira interna e externa, a candidíase também apresenta:
- Leucorreia: corrimento branco ou amarelado e um pouco espesso, que pode ter ou não mau cheiro);
- Pele rachada ou escoriações próximas à vulva;
- Leve inchaço dos lábios vaginais;
- Dor durante relações sexuais;
- Dor ou ardência ao urinar.
Se você é portadora de uma cherolane, já está suscetível à candidíase vulvovaginal. Porém, alguns fatores podem desencadear o problema em pessoas que estão com seu sistema imunológico alterado:
- Usuárias de contraceptivos orais de altas doses e a terapia de reposição hormonal;
- Quem sofre de imunodeficiência por HIV;
- Usuárias de corticoides ou antibióticos;
- Quem está no período menstrual;
- Quem sofre de estresse;
- Transplantadas;
- Diabéticas;
- Gestantes.
Hábitos de higiene inadequados também podem causar candidíase pela contaminação vaginal.
Um exemplo muito conhecido é a limpeza vaginal: sabe quando você vai se limpar e esfrega o papel higiênico do ânus para a vagina? Isso é errado!
Dessa forma, você leva micro-organismos e até resíduos de fezes para a vagina, favorecendo o desenvolvimento da candidíase.
Além disso, o uso de roupas íntimas justas e sintéticas (aquelas que não são de algodão) deixam a região vaginal muito abafada e úmida, o que também favorece a candidíase.
Aprenda como realizar a higiene íntima adequada evitando coceira na vagina:
2. Vaginose bacteriana
Além de fungos, a vagina apresenta outros tipos de micro-organismos, como as bactérias. Faz parte de uma flora vaginal rica, que permite que o corpo trabalhe de maneira saudável e protegida.
No entanto, quando há um desequilíbrio, essas bactérias ou fungos acabam se reproduzindo descontroladamente e podem causar alguma infecção.
Uma delas é a vaginose bacteriana, causa mais comum para corrimento vaginal durante a idade reprodutiva — mas para a maioria das mulheres, o problema é assintomático.
Odor forte (que lembra peixe podre), aumento e mudança da cor do corrimento (para branco ou meio acinzentado) são alguns dos sintomas. A vaginose é mais fácil de perceber após a menstruação e a relação sexual.
3. Tricomoníase
É uma infecção da região genital causada por protozoário, que deixa o corrimento amarelo meio esverdeado e com cheiro desagradável. Nos homens, é assintomática; já as mulheres apresentam incômodos em sua maioria.
Além da coceira e do corrimento, a tricomoníase causa dor na hora de urinar e durante o ato sexual.
4. Gonorreia e clamídia
São duas infecções sexualmente transmissíveis (IST) extremamente comuns. Para você ter uma ideia, a clamídia é a IST mais comum no mundo, mas a maior parte dos infectados é assintomática.
Ambas causam os mesmos problemas, tanto que é praticamente impossível diferenciá-las sem o exame médico.
Em metade dos infectados, a gonorreia e a clamídia afetam o colo do útero e causam dor no baixo ventre. Além disso, apresentam dor durante o ato sexual ou corrimento vaginal purulento.
5. Menopausa
A Menopausa é uma fase onde ocorre várias mudanças no corpo da mulher. A camada interna da vagina é formada por tecidos que dependem do estrogênio para ter força e resistência e, nesse período acaba sofrendo drásticas alterações.
Quando a menopausa aparece, há uma queda drástica da produção hormonal, o que deixa essa camada mais fina e frágil, resultando na vaginite atrófica ou atrofia da vagina.
A vaginite causa ressecamento e afinamento dessa mucosa, que deixa a região mais propensa a ferimentos e irritações, podendo sim gerar aquela coceirinha indesejada.
A solução para esses casos que geram muito incomodo, inclusive dor durante as relações sexuais, eu te indico os exercícios de pompoarismo.
Eles aumentam a circulação sanguínea na região e, consequentemente, a produção de estrogênios. Com isso, sua vagina volta a ficar úmida. Eu vou deixar o meu ebook grátis abaixo para você começar a praticar hoje mesmo.
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Quais são os sinais de alerta para coceira na vagina?
Os sinais que devem te deixar alerta são, além da frequência e da intensidade, o surgimento de dor e de tipos de corrimento vaginal diferentes do transparente.
Nesse caso, você deve procurar um ginecologista urgentemente.
O que são os corrimentos?
Corrimento é o nome dado às secreções fluidas que saem da vagina. O tipo natural é produzido por glândulas no canal vaginal e ajudam na eliminação de células mortas e bactérias do sistema reprodutor. Então, ele mantém o canal vaginal limpinho e previne infecções.
É normal ter corrimento?
Sim. O corrimento é algo comum é constituído de muco cervical — uma secreção produzida pelo colo do útero que impede que as bactérias vaginais entrem no útero —, além de células e micro-organismos da região.
O corrimento costuma ser inodoro, leitoso ou transparente. Tem um post onde falo especificamente sobre tipos de corrimento.
A leucorreia fisiológica (o corrimento normal sem sinal de doenças) acontece por diversos motivos, como ovulação, gestação ou uso de contraceptivos hormonais.
Durante o período fértil, o muco cervical da sua composição também ajuda o também o espermatozoide a alcançar o útero, por isso ele tem essa característica espessa e elástica.
Quando for ao banheiro e perceber aquele corrimento transparente durante o período fértil, pode ficar tranquila: é só o seu corpo se preparando para fertilizar.
Então, esqueça essa história de terminar o dia com a calcinha limpinha; isso não existe!
O que pode causar corrimentos?
Alguns problemas que podem causar diferentes tipos de corrimento são:
- Alergias: que podem aparecer com espermicidas, perfumes, lubrificante do contraceptivo, sabonetes ou produtos de higiene íntima;
- Ectopia: quando parte do tecido do canal endocervical se inverte e fica exposto à vagina;
- Absorvente interno ou camisinha “perdida” dentro da vagina;
- Vulvovaginite causada pela bactéria Streptococcus;
- Roupa íntima apertada ou com tecidos sintéticos;
- Uso de substâncias alcalinas, como a amônia;
- Sabonetes e perfumes íntimos;
- Alergia a sêmen (causa rara);
- Infecção pelo verme oxiúrus;
- Doença inflamatória pélvica;
- Câncer do colo do útero;
- Tricomoníase vaginal;
- Clamídia e gonorreia;
- Higiene inadequada;
- Infecção pelo HPV;
- Duchas vaginais;
- Herpes genital;
- Atrofia vaginal;
- Dermatoses.
Importante: identificar uma coloração diferente é normal até para que você perceba a saúde da sua vagina, mas se os tipos de corrimento que aparecem na sua calcinha costumam ter cheiro forte, cor esverdeada ou acinzentada e é acompanhado de coceira na vagina, consulte seu ginecologista, certo?
Quando o corrimento podem ser indícios de um problema maior?
Preste atenção se o seu corrimento apresenta as seguintes características:
- Cor diferente do tom esbranquiçado ou transparente, como amarelo, verde, cinza;
- Quantidade mais abundante que a habitual;
- Grumos, como leite coalhado;
- Odor forte ou desagradável;
- Consistência mais densa;
- Coceira, ardência ou dor;
- Sangue;
- Pus.
Quais são os tipos de corrimento?
Como eu te disse lá em cima, o mais comum e saudável é o transparente, que avisa sobre o período fértil e ainda deixa a vagina limpinha. Mas existem outros tipos de corrimento que podem esconder problemas mais sérios. Olha só:
1 . Corrimento branco:
Quando fino, em pouca quantidade e próximo do período ovulatório, é normal. Depois de alguns dias, ele ficará transparente.
Quando aparece espesso, pastoso, leitoso, com grumos e associado a coceira, mau cheiro e dor vaginal, pode ser sintoma de vaginose ou candidíase;
2. Corrimento marrom:
Aparece em qualquer situação que cause sangramento vaginal ou uterino, como restos de menstruação, traumas na região vaginal ou uterina, infecções, tumores e gravidez ectópica;
3. Corrimento amarelado ou amarelo esverdeado:
É um dos tipos de corrimento associados a infecções, principalmente quando é acompanhado de mau cheiro, ardência e coceira na vagina;
corrimento acinzentado: também pode ser sintoma de infecções, principalmente quando relacionado aos sintomas do corrimento branco;
4. Corrimento com mau odor:
É comum em infecções vaginais, como vaginose bacteriana e tricomoníase.
Como tratá-los?
Como você viu, são diferentes os tipos de corrimento e não há como especificar um tratamento, apenas ó o exame e o diagnóstico do ginecologista serão capazes de determiná-lo.
Independentemente de você estar com coceira na vagina ou tipos de corrimento diferentes aparecendo é essencial ir ao ginecologista frequentemente.
É o profissional quem vai avaliar a saúde do seu sistema reprodutor. Então, não deixe de visitá-lo pelo menos uma vez ao ano para realizar exames de avaliação e rotina.
Importante:
Vagina não serve só para o prazer, hein? Cuide da sua saúde íntima!
Você viu como a coceira na vagina e os diferentes tipos de corrimento podem ser um sinal de alerta no seu organismo. Fique atenta e para mais conteúdos sobre sexo e bem-estar, continue acompanhando nosso blog!
E qualquer dúvida, basta me enviar a sua pergunta com a hashtag #Cátiaresponde nas minhas demais rede sociais.
Um super beijo!