A menopausa é um momento marcante na vida de qualquer mulher. Os sintomas da menopausa podem ser percebidos a partir dos 40 anos e a mulher passa por grandes transformações entre os 45 e 55 anos. Mas muitas mulheres desconhecem os sintomas da menopausa e ficam perdidas sobre como passar por esta fase. Vamos conversar sobre isso?
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Mas afinal, o que é a menopausa?
Colocando os pingos nos “is”, a menopausa é, na verdade, o nome dado à última menstruação, que, geralmente, acontece entre os 45 e 55 anos. O período que a sucede, então, é chamado de climatério, e representa a transição entre a fase reprodutiva e a não fértil da mulher. Mas, como todas nós nos referimos a essa fase da vida como sendo a menopausa, é assim que vamos continuar no post de hoje, combinado?
Fisiologicamente, a menopausa é resultado da falência dos ovários. Para entender o porquê isso acontece, é preciso voltar lá atrás. Toda mulher, quando nasce, já possui os folículos dos ovários, que vão dar origem aos óvulos desde a primeira menstruação, até a última. Eles são produzidos ao longo da vida, e quando morrem, caem também as concentrações dos hormônios femininos estrogênio e progesterona. E é justamente por conta desse desequilíbrio hormonal que acontecem os principais sintomas da menopausa.
Menopausa: abra o coração para essa nova fase
Se você pudesse elencar os momentos mais marcantes da sua vida, dentre algumas variações estariam a descoberta do amor platônico na infância, sua formatura, casamento, o nascimento dos filhos, os passinhos desequilibrados – mas muito comemorados-, a estreia na escolinha acompanhada da dor no coração de ter que dar tchau no portão, e o primeiro namorico, que, vamos ser sinceras, desperta um ciúme verdadeiramente patético em nós, mamães.
Passou um filme na sua cabeça sobre esses momentos, certo? Agora, se você parou por aí, e está no processo de construção dos próximos eventos, e que também serão marcantes, saiba que, de uma situação, você não vai escapar. Mais cedo ou mais tarde, a menopausa vai aparecer, mesmo que você não a convide e faça de tudo para que ela se atrase. Algumas coisas na vida são assim: não importa o que seja feito, elas aparecem, invadem a nossa rotina, nos tiram do sério na maior parte das vezes e carregam consigo uma mensagem que muitas de nós acabam não se dando conta – mas que eu sempre gosto de reforçar para que a gente aprenda a ver o lado positivo das coisas -. Elas só acontecem porque nós estamos vivas, e por isso devemos ficar felizes.
Aliás, não somente dela, mas de tudo que invade a nossa vida durante esse momento. Se você já passou ou está vivenciando essa fase agora, conhece bem os sintomas da menopausa, mas se ainda não, prepare-se para descobrir que ondas de calor, suor noturno e arrepios não são apenas sinais de uma boa noite de sexo, mas também resultado do desequilíbrio hormonal pelo qual o nosso corpo passa na menopausa.
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O tabu da menopausa
Toda mulher passa pela menopausa, mas há algo sobre a própria palavra que remete a conotações negativas de envelhecimento e atrofia. Na nossa cultura obcecada pela juventude, a menopausa pode ser debilitante para as mulheres, até embaraçosa. No entanto, estamos todos vivendo mais e a menopausa é uma característica da meia-idade. É o começo de um novo capítulo, então por que o persistente tabu?
É necessário que todas as mulheres possam falar abertamente sobre a menopausa e sem constrangimento. Além disso, os homens devem estar cientes também para que possam apoiar colegas, estudantes, amigos e familiares.
As mulheres com sintomas da menopausa precisam sentir-se confiantes para discuti-la e pedir apoio, se necessário, para que possam continuar tendo sucesso em seus papéis e desfrutar do equilíbrio certo entre o trabalho e a vida.
Os sintomas da menopausa
Sabe aquela música que diz: “na vida a gente tem que entender que um nasce pra sofrer enquanto o outro ri”? Eu costumo brincar que ela pode servir de trilha sonora quando o assunto é a menopausa. Isso porque, algumas de nós, por um presente da natureza, não apresentam os principais sintomas da menopausa, e acabam passando por esse período com mais tranquilidade do que a grande maioria das mulheres.
Quem não tem essa fase assintomática sofre a variação de intensidade dos sintomas da menopausa de acordo com a diminuição progressiva dos hormônios sexuais, e dentre os principais e os que mais são relatados pelas mulheres estão:
- Aumento de peso
Outro ponto que é diretamente afetado pela queda dos níveis de estrogênio é o nosso metabolismo. Com a menopausa, o gasto calórico basal diminui, o que gera duas consequências diretas: a mudança na forma como nosso corpo armazena a gordura e o aumento da probabilidade de ganho de peso com menos calorias.
E o resultado a gente sente no abdômen e na cintura: é exatamente nesses pontos que acontece a deposição de gordura durante a menopausa.
- Alterações de humor
Sabe a TPM, que é capaz de fazer com que a gente fique irritada além do normal e transforma qualquer mulher em uma manteiga derretida? As oscilações de humor também são sintomas da menopausa, e durante um único dia a gente pode ir da mais completa sensação de plenitude à tristeza profunda, claro, passando por níveis de irritabilidade altíssimos, mesmo que não haja motivos reais para isso. Os hormônios têm poder, e, nesse caso, a falta do estrogênio é o responsável pela montanha russa de emoções.
- Alterações na libido e secura vaginal
Chegamos ao ponto que é crucial para todas nós mulheres. Como se não bastassem todos os outros sintomas e consequências da queda hormonal no nosso organismo, ainda temos que lidar com questões fisiológicas, ou seja, que não são de nossa escolha, mas que alteram significativamente a qualidade da nossa vida sexual, como as alterações na libido e a dificuldade de produzir lubrificação, causando a secura vaginal.
Se você está se perguntando como fazer para minimizar essas alterações, segura a curiosidade mais um pouco, porque nós já vamos conversar sobre isso. Antes, é preciso entender o porquê esses processos são desencadeados pelo nosso organismo.
Lembra do estrogênio, o super, mega, ultra poderoso hormônio? Pois é ele, também, que influencia nos tecidos que revestem a vagina. Ou seja, uma vez que ele não esteja mais presente no nosso organismo nos níveis normais, provoca a perda de espessura da vagina. Isso significa que toda a estrutura da nossa região íntima passa por mudanças, como o estreitamento dos tecidos, e, devido ao menor fluxo sanguíneo, o ressecamento vaginal. E aí, minha amiga, os resultados podem ser desconfortos e até mesmo dor durante o sexo, e ninguém quer passar por isso, não é mesmo?
- Ondas de calor pelo corpo
E quando eu digo onda, é porque é exatamente essa a sensação que sentimos durante esse período. Começa com um calorão no rosto e pode percorrer o corpo pelo pescoço e tronco. Esse calor é completamente diferente daquele que sentimos durante um dia de altas temperaturas. Isso porque ele tem origem interna, e costuma causar rubor facial, palpitações cardíacas e suor, muito suor. O responsável por essa onda é a queda do estrogênio, que provoca um desequilíbrio na temperatura do corpo. A frequência dos episódios pode variar, mas com a grande maioria de nós a sensação acontece de 1 a 2 vezes ao dia.
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- Insônia
As ondas de calor são uma importante causa de distúrbios do sono no período da menopausa. No entanto, eles não são os únicos. Muitas mulheres na menopausa têm dificuldade em dormir mesmo sem sentir calor. A insônia pode ocorrer até 7 anos antes da menopausa e geralmente piora no último ano da pré-menopausa. Mulheres ansiosas ou deprimidas tendem a ser aquelas com maior dificuldade em dormir.
- Menstruação Irregular
Alterações no período menstrual podem ocorrer antes da mulher entrar no período pré-menopausa. Inicialmente as alterações são sutis e incluem mudanças na intensidade do sangramento e encurtamento do ciclo.
À medida que a menopausa se aproxima, as alterações menstruais são mais evidentes. O ciclo agora é errático e se torna mais longo, com duração de 40 a 50 dias. Alterações no volume menstrual (para mais ou menos) e vazamentos podem ocorrer no meio do ciclo.
A menstruação se torna cada vez mais irregular, até desaparecer. A mulher na pré-menopausa não tem como saber quando será sua última menstruação. O diagnóstico da menopausa só pode ser estabelecido retrospectivamente, quando a mulher completa 1 ano sem menstruar novamente.
- Depressão
Mulheres na pré-menopausa têm 2,5 vezes mais chances de ficarem deprimidas do que em outras fases da vida. O risco é ainda maior naquelas que sofrem com outros sintomas, especialmente ondas de calor e distúrbios do sono. Acredita-se que a redução dos níveis de estrogênio, associada aos desconfortáveis sintomas da menopausa e ao fato de as mulheres reconhecerem que estão ultrapassando a fronteira entre a juventude e a velhice, contribui para uma maior incidência de depressão neste período.
- Problemas de memória
O estrogênio também parece ter um papel importante no funcionamento normal do cérebro feminino. Na menopausa, as mulheres podem começar a ter lapsos de memória de curto prazo, tornando-se mais frequente o esquecimento do trivial, como por exemplo onde colocou as chaves, aniversários e datas das reuniões. Em geral, não é nada grave, mas em pessoas metódicas, pode ser algo que pode gerar grande desconforto. Lapsos de memória são mais comuns em mulheres deprimidas, estressadas ou excessivamente cansadas.
- Dor nas articulações
A saúde das articulações, tendões, ligamentos e músculos também sofre com a queda dos níveis de estrogênio. Cerca de 60% das mulheres na pré-menopausa queixam-se de dor nas articulações. Mulheres obesas ou com excesso de peso têm mais problemas. Ao contrário de muitos sintomas da menopausa, que desaparecem com o tempo, a dor nas articulações geralmente permanece.
- Pele seca
A redução dos níveis de estrogênio está relacionada a uma queda na produção de colágeno, que é a substância que mantém nossa pele firme e com boa aparência. Portanto, quando a produção de colágeno é alterada, a pele fica mais fina, seca, escamosa e menos jovem. O ressecamento da pele pode causar coceira, que em alguns casos pode ser muito desagradável.
- Perda de cabelo
A saúde do cabelo das mulheres também está relacionada aos níveis de estrogênio e colágeno. Na menopausa, a mulher começa a perceber que há uma mudança na qualidade do cabelo, tornando-se mais seco, quebradiço e caindo com mais facilidade.
- Cansaço
Fadiga, falta de energia e falta de disposição para os eventos do dia a dia também são muito comuns antes da menopausa. Eles ocorrem não só devido a desequilíbrios hormonais, mas também devido à alterações de humor e falta de sono.
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O que causa os sintomas da menopausa?
Os sintomas da menopausa ocorrem quando o corpo se reajusta ao fato de que os ovários estão diminuindo a produção de estrogênio, progesterona e testosterona. Isso ocorre porque os ovários estão se preparando para parar de produzir óvulos para fertilização, geralmente no estágio de meia-idade.
Uma mudança gradual está ocorrendo e esses hormônios serão produzidos principalmente em outras partes do corpo, incluindo as glândulas suprarrenais, o cérebro e as células de gordura na pele. Sintomas desconfortáveis geralmente são um sinal de que o corpo está fazendo ajustes naturais e pode precisar de apoio.
Doenças que podem surgir na menopausa
- Doença cardíaca e vascular (cardiovascular) – Quando seus níveis de estrogênio diminuem, o risco de doença cardiovascular aumenta. A doença cardíaca é a principal causa de morte em mulheres, assim como em homens. Por isso, é importante fazer exercício físico regular, comer uma dieta saudável e manter um peso normal. Peça ao seu médico conselhos sobre como proteger o seu coração, por exemplo, como reduzir o colesterol ou a pressão arterial.
- Osteoporose –Essa condição faz com que os ossos se tornem frágeis e fracos, levando a um aumento do risco de fraturas. Durante os primeiros anos após a menopausa, a mulher pode perder a densidade óssea rapidamente, aumentando o risco de osteoporose. Mulheres na pós-menopausa com osteoporose são especialmente suscetíveis a fraturas de coluna, quadris e punhos.
- Incontinência urinária – À medida que os tecidos da vagina e da uretra perdem elasticidade, você pode sentir fortes e súbitas urinações, seguidas por uma perda involuntária de urina (incontinência urinária) ou pela perda de urina com tosse, riso ou elevação (incontinência de esforço). Você pode ter infecções do trato urinário com mais frequência.
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Exercícios que minimizam os sintomas da menopausa
Então, chegou a hora de eu matar a sua curiosidade e dar dicas sobre como evitar que esse processo natural afete a sua vida sexual, afinal, a chegada da menopausa pode representar a começo do nosso período não fértil, mas em hipótese alguma ela deve ser recebida como um aviso prévio de interdição do nosso parquinho de diversões, certo?
É claro que a reposição hormonal alivia os sintomas da menopausa, mas além de muitas de nós não podermos passar por esse processo, existem outras formas de minimizar esses efeitos, como os exercícios físicos.
A hidroginástica, por exemplo, é uma excelente atividade que pode diminuir os riscos associados a doenças cardíacas, mas que, por não ter impacto, deve ser combinada com outras modalidades para prevenir a osteoporose.
Os exercícios aeróbicos, como as caminhadas e corridas, também cumprem o seu papel na minimização dos efeitos da queda hormonal, além de afastar as chances de sobrepeso. Quando praticados a partir de 30 minutos ao dia, os exercícios têm a capacidade de amenizar as ondas de calor características desse período, além de auxiliar na modulação do humor, que acreditem em mim, se não controlado, pode ser um dos piores companheiros da menopausa.
Dicas para reduzir os sintomas
- Saiba mais sobre as mudanças que vão ocorrer –Pergunte ao seu médico sobre a menopausa e quais as consequências que ela tem sobre o organismo, a curto e longo prazo. Ele também poderá explicar quais os sintomas mais frequentes, embora nem todas as mulheres os experimentem com igual intensidade.
- Potencialize seus pensamentos positivos – Porque eles têm um grande impacto na saúde, no bem-estar e na maneira de enfrentar as dificuldades. Estresse, ansiedade e depressão intensificam e agravam os sintomas da menopausa, e são patologias que devem ser tratadas.
- Tenha uma dieta – Você deve aumentar a ingestão de cálcio para 1.500 miligramas diariamente para fortalecer os ossos e restringir gorduras e doces para controlar o peso. Coma grãos integrais e porções de frutas e legumes suficientes (pelo menos cinco por dia).
- Tome banhos de sol 15 minutos por dia –Você precisa se expor à luz solar para obter vitamina D, que está envolvida na absorção adequada de cálcio. Em alguns casos, pode ser necessário tomar suplementos dessa vitamina.
- Controle sua pressão arterial, colesterol e os níveis de açúcar no sangue- Além disso, de acordo com as indicações do seu médico, você deve realizar uma mamografia periodicamente, pois com a idade aumenta o risco de câncer de mama.
- Deixe de fumar – As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres, especialmente após a menopausa, e o tabagismo é um importante fator de risco.
- Leve uma vida social satisfatória – Relacionar-se com seus entes queridos e compartilhar seus sentimentos, dúvidas e emoções com eles irá ajudar nesta fase em que muitas mulheres se sentem irritadas, fatigadas e deprimidas. Certamente você tem amigos ou parentes que já passaram pelo mesmo e você pode trocar experiências com eles.
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Ginástica íntima ajuda a manter a qualidade da sua vida sexual
Agora, além das roupas de ginástica, academia e parques a céu aberto, que tal se você der uma atenção especial a ela, sua amiga de tantos momentos de prazer, mas que, durante a menopausa, precisa de uma ajudinha para se manter mais ativa do que nunca?
Se você nunca ouviu falar na ginástica íntima, ou pompoarismo, pense comigo: quando praticamos exercícios, procuramos, dentre outras razões, trabalhar nossa musculatura, certo?
Se todo o nosso corpo pode ser beneficiado pela prática de exercícios, não é a nossa vagina que vai ficar de fora. Se não trabalhados, os tecidos da vagina ficam flácidos e você perde a capacidade de controle sobre eles – tudo que não queremos, principalmente na menopausa. A ginástica íntima, além de devolver esse poder e de aumentar a circulação sanguínea, auxiliando na lubrificação, nos ajuda a atingir o orgasmo e fazer com que os nossos parceiros fiquem com ainda mais tesão com os movimentos de contração da vagina, que aplicam pressão no pênis.
Ficou animada e quer saber mais sobre a ginástica íntima? Comece hoje mesmo a praticar os exercícios e sinta os benefícios do pompoarismo com a melhora da qualidade da sua vida sexual.
O que achou das dicas de hoje? Está passando por esta fase? Vamos conversar sobre isso nos comentários. Super beijo!
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