É sempre importante falar sobre o câncer de mama, mas aproveitando a campanha do Outubro Rosa, vim trazer algumas informações. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer) é o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres no mundo, então nada mais certo do que estarmos todas informadas quanto à doença.
Por ser algo tão frequente, diversas pesquisas são feitas com o objetivo de tornar o tratamento contra o câncer (de mama ou qualquer outro) cada vez mais avançado. Ultimamente as clínicas e hospitais têm investindo em equipes multidisciplinares voltadas para o tratamento de pacientes com câncer.
Para entender melhor sobre o câncer de mama e sobre a técnica de tratamento multidisciplinar continue lendo.
Nesse post você vai ver:
- O que é Outubro Rosa
- Causas do câncer de mama
- Como fazer o Autoexame
- O que é o tratamento multidisciplinar
- Como prevenir o câncer de mama
O que é Outubro Rosa?
O Outubro Rosa é uma campanha internacional que busca conscientizar sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama. O movimento começou a surgir em 1990 nos Estados Unidos e passou a ser adotado no Brasil em 2002, eventualmente ganhou o tom rosa como tema e o mês de outubro como epicentro das ações.
Durante o mês, são feitas ações de diagnóstico, eventos de arrecadação para instituições que ajudam pacientes e sobreviventes da doença.
As ações são, normalmente, direcionadas para mulheres, por ser o grupo majoritariamente afetado pelo câncer de mama, apesar de que a doença pode atingir homens também.
Apesar do mês de outubro ser o auge da campanha, exames preventivos podem (e devem) ser feitos a qualquer momento. Mulheres de 50 a 69 devem fazer a mamografia pelo menos a cada 2 anos e mulheres mais jovens ou de outras idades também devem fazer o acompanhamento e exames médicos regulares.
Causas do câncer de mama
O câncer de mama pode se desenvolver por diversos motivos. Não é muito fácil identificar exatamente o que causa a doença, mas existem fatores que podem aumentar as chances do câncer se desenvolver e os riscos e gravidade da doença.
Fatores comportais
Os fatores comportamentais normalmente são devidos aos nossos hábitos e costumes. Eles podem ser:
- Obesidade e sobrepeso (principalmente após a menopausa);
- Sedentarismo (falta de exercício físico);
- Consumo excessivo de bebida alcoólica.
Fatores hormonais
Os fatores hormonais, como o nome diz, são resultados dos hormônios corporais (ou a falta deles). Eles podem ser:
- Primeira menstruação antes de 12 anos;
- Não ter tido filhos;
- Primeira gravidez após os 30 anos;
- Não ter amamentado;
- Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
- Ter feito uso de anticoncepcionais orais por tempo prolongado;
- Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
Fatores genéticos
Já os fatores genéticos são aqueles herdados da família. Como:
- História familiar de: câncer de ovário; câncer de mama em homens; câncer de mama em mulheres;
- Alterações genéticas herdadas na família, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
Como fazer o autoexame do câncer de mama?
O autoexame, como o nome diz, é a examinação que podemos fazer em nós mesmas, para, se for o caso, identificar o mais previamente possível o câncer.
Para isso, é importante estar atenta para qualquer mudança suspeita nos seios e, se perceber alguma alteração, buscar o exame profissional o mais rápido possível. Mesmo que acabe não sendo nada, é melhor se prevenir.
Para realizar o autoexame, é orientado fazer a observação e toque das mamas, buscando alguma alteração ou sintoma.
Sintomas
Quando fazendo o autoexame, ou apenas quando estiver prestando atenção no próprio corpo, existem alguns sinais que podem ser indicação de câncer de mama:
- caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
- pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
- alterações no mamilo;
- pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
- saída espontânea de líquido dos mamilos.
Mas lembre-se, nem sempre estes sinais são causados pelo câncer ou, as vezes, os sintomas não são perceptíveis. O ideal é que a doença seja diagnosticada o mais cedo possível, por isso o autoexame não substitui a mamografia e os exames clínicos realizados por profissionais da área.
Diagnóstico
Para realizar o diagnóstico é necessário fazer o exame por meio de palpação (toque) com um médico (ginecologistas, normalmente) e uma mamografia, exame radiológico para avaliação das mamas, realizada com um aparelho de raio-X, para confirmar. Além disso, caso o médico ache necessário, também podem ser feitos ultrassons e ressonâncias. Caso a doença seja identificada, estes e outros exames serão realizados ao longo do tratamento para acompanhar a progressão.
O que é o tratamento multidisciplinar câncer de mama?
O tratamento multidisciplinar é uma técnica que hospitais e clínicas têm investido cada vez mais nos últimos anos. Trata-se de montar uma equipe de profissionais multidisciplinares, ou seja, de diversas áreas e especialidades, para o tratamento de pacientes com câncer e não focar apenas na área da oncologia. Assim, as equipes são formadas por oncologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, terapeutas, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e muitos outros.
Desta maneira, o paciente recebe acompanhamento para o câncer, mas também para todas as consequências físicas e psicológicas que a doença ou o tratamento podem causar.
Com o tratamento multidisciplinar, o paciente não precisa buscar em clínicas diferentes os profissionais de outras especialidades. Além disso, os médicos podem trabalhar em conjunto para encontrar a melhor solução para o tratamento da doença, podendo torná-lo mais rápido e confortável possível.
No câncer de mama, por exemplo, muitas mulheres buscam realizar a cirurgia de reconstrução da mama, após a recuperação. Nesses casos, uma clínica que já oferece o trabalho de um cirurgião plástico poderá fazer o acompanhamento psicológico com a mulher ao longo do tratamento e já ajudar no período de recuperação para a realização da reconstrução.
Como prevenir o câncer de mama?
Nem sempre há muito o que fazer para se prevenir, porém, como a maioria dos cânceres e outras doenças, quase 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com prevenção e hábitos saudáveis. Então dê uma olhada:
Alimentação saudável
Frutas, legumes, verduras e leguminosas, como grão-de-bico, lentilha e feijão branco, são alimentos de origem vegetal que ajudam a prevenir o câncer de mama. Além de inibir a chegada de compostos cancerígenos às células, estes alimentos podem consertar o DNA danificado quando a agressão já estiver iniciada ou de pelo menos interromper a multiplicação desordenada, caso o conserto não seja possível. Não precisa cortar nada de vez da sua dieta, mas varie a alimentação ao máximo;
Não fazer reposição hormonal
A reposição hormonal não é aconselhável para mulheres na menopausa. Caso seja necessário, faça sempre com a orientação de um médico especialista da área;
Se exercite
Praticar uma atividade física regularmente é sempre bom. Procure algo que lhe dê prazer e saia do sedentarismo. Pessoas obesas produzem mais estrogênio, um hormônio feminino responsável pelo aparecimento do câncer de mama;
Evitar bebida alcoólica
A bebida alcoólica, principalmente em excesso, pode ser um problemão para a saúde, neste caso não é diferente: o consumo de álcool, por menor que seja, pode aumentar o risco de desenvolvimento do câncer;
Vitamina D
A vitamina D traz muitos benefícios para o nosso corpo, por isso tente tomar um banho de sol de 10 minutos, antes das 10 horas ou após as 16 horas. A leve exposição ao sol aumenta a produção de vitamina D, que ajuda a evitar a doença;
Nada de cigarro
Não fume. Estudos científicos garantem que fumar, a longo prazo, aumenta o risco de incidência da doença em algumas mulheres. Além disso, o cigarro também pode causar outros tipos de câncer também muito graves, como no pulmão. Melhor evitar, né?
E aí? Achou interessante saber um pouco mais sobre o câncer de mama e o tratamento multidisciplinar? Então para mais textos sobre saúde, sexo e relacionamento, continue acompanhando o MBR!