A vacinação contra o HPV é uma medida essencial de saúde pública, protegendo crianças, adolescentes e adultos contra um vírus altamente transmissível e com potencial de causar graves complicações, incluindo diferentes tipos de câncer. Neste artigo, vamos explicar por que essa vacina é tão importante, quem deve tomá-la e como ela pode prevenir doenças graves ao longo da vida.

O que é HPV?

O HPV, ou Papilomavírus Humano  é um grupo de vírus que inclui mais de 200 tipos diferentes, dos quais cerca de 40 podem infectar a região genital. Ele é uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais comuns no mundo, afetando milhões de pessoas todos os anos. A transmissão ocorre principalmente por contato sexual, mas também pode ocorrer por contato direto com pele ou mucosas infectadas.

Embora muitas infecções por HPV sejam assintomáticas e desapareçam sozinhas, algumas podem causar lesões na pele, como verrugas genitais, ou complicações mais graves, como câncer de colo de útero, ânus, garganta, pênis e vulva. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o HPV é responsável por cerca de 99% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo, uma das principais causas de morte entre mulheres em países em desenvolvimento.

Estima-se que 80% da população sexualmente ativa entrará em contato com o vírus em algum momento da vida, tornando a vacinação uma medida essencial para prevenção. Estudos também mostram que a vacinação pode reduzir significativamente a incidência de cânceres relacionados ao HPV, especialmente quando administrada antes do início da vida sexual.

Prevenir o HPV é um passo essencial para a saúde pública, destacando a importância da vacinação em massa e do acompanhamento médico regular.

Sintomas do HPV: O que você precisa saber para identificar cedo

O HPV (Papilomavírus Humano) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns e, muitas vezes, silenciosas. Identificar os sintomas do HPV pode ser um desafio, já que em muitos casos ele não apresenta sinais visíveis. Mas calma, amiga! Hoje vamos te ajudar a entender o que observar para manter sua saúde íntima em dia.

1. O HPV pode ser assintomático

Isso mesmo! Muitas pessoas podem estar infectadas pelo HPV e nem sequer saber, já que o vírus pode não causar sintomas óbvios. Nesses casos, o diagnóstico só é feito durante exames de rotina, como o Papanicolau, no caso das mulheres. Por isso, é essencial manter as consultas ginecológicas em dia!

2. Verrugas genitais

Um dos sintomas mais comuns do HPV são as verrugas genitais, que aparecem como pequenas lesões ou protuberâncias na região íntima. Elas podem variar de cor, tamanho e forma, e geralmente não causam dor, mas podem coçar ou ser desconfortáveis. Nos homens, as verrugas costumam aparecer no pênis, escroto ou ao redor do ânus. Nas mulheres, elas podem surgir na vulva, vagina, colo do útero ou também ao redor do ânus.

3. Lesões invisíveis ao olho nu

Alguns tipos de HPV não causam verrugas visíveis, mas podem provocar alterações nas células do colo do útero, identificadas em exames como o Papanicolau. Essas alterações, se não tratadas, podem evoluir para problemas mais graves, como o câncer do colo do útero.

4. Alterações na pele ou mucosa

Em casos menos comuns, o HPV pode causar pequenas alterações na textura da pele ou mucosa, que podem ser percebidas como áreas mais ásperas ou irregulares. Fique atenta a qualquer mudança que pareça fora do normal!

Por que vacinar contra o HPV?

O HPV (Papilomavírus Humano) é uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais comuns no mundo. Uma vez contraído, o vírus pode permanecer no organismo por toda a vida, com consequências que variam de lesões benignas, como verrugas genitais, até condições graves, como câncer de colo de útero, câncer de pênis, de garganta, ânus e reto.

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir essas complicações. A imunização é oferecida gratuitamente nos postos de saúde do Brasil para crianças e adolescentes na faixa etária de 9 a 14 anos. Para adultos, a vacinação também está disponível, mas geralmente em clínicas particulares, com esquemas de doses diferentes e custo associado.

Quem pode tomar a vacina e como funciona?

Crianças e adolescentes (9 a 14 anos)

  • Gratuidade no SUS: A vacina está disponível gratuitamente para meninos e meninas nesta faixa etária.
  • Dose única ou esquema completo: Atualmente, recomenda-se uma única dose na maioria dos casos para crianças e adolescentes. Para quem inicia a imunização fora da faixa etária indicada, o esquema pode incluir até três doses.

Adultos (15 a 45 anos)

  • Para adultos que utilizam a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) contra o HIV, a vacina também é gratuita no SUS.
  • Outros adultos podem receber a vacina em clínicas privadas, seguindo o esquema de três doses, com intervalos de dois e seis meses após a primeira aplicação.

Por que vacinar cedo é melhor?

A vacinação precoce é essencial porque é mais eficaz quando administrada antes do início da vida sexual, ou seja, antes de qualquer exposição ao vírus. Além disso:

  • A imunização em crianças e adolescentes requer menos doses, sendo mais prática e acessível.
  • Estudos indicam que a resposta imunológica à vacina é mais robusta nessa faixa etária, aumentando a eficácia da proteção.

HPV e câncer: a conexão preocupante

O vírus é responsável por:

  • Câncer de colo de útero: Uma das principais causas de morte por câncer em mulheres.
  • Câncer de pênis e ânus: Comum em homens infectados.
  • Câncer de garganta: Associado ao contato oral com áreas infectadas.

Mesmo com o uso de preservativos, o HPV pode ser transmitido por contato direto com a pele ou mucosa infectada, tornando a vacinação ainda mais necessária.

Adultos também devem se proteger

A vacinação não é exclusiva para crianças e adolescentes. Adultos sexualmente ativos que ainda não tomaram a vacina podem se beneficiar, especialmente aqueles com histórico de múltiplos parceiros ou que utilizam a PrEP. Além disso, mulheres e homens devem manter o acompanhamento médico regular para detecção precoce de lesões causadas pelo vírus, como o Papanicolau para mulheres.

Dicas importantes para os pais

  • Fique atento às faixas etárias: Vacine seus filhos entre 9 e 14 anos, aproveitando a gratuidade no SUS.
  • Evite vacinar múltiplas doenças no mesmo dia: Para garantir a eficácia e evitar confusões no sistema imunológico, é recomendável espaçar a aplicação de outras vacinas.
  • Conscientize seus filhos: Explique a importância da vacina como uma forma de proteção, reforçando que ela é uma medida de cuidado para a vida toda.

Prevenção é sempre o melhor caminho

A vacinação contra o HPV é uma oportunidade de prevenir doenças graves e evitar complicações futuras. Além de vacinar crianças e adolescentes, é importante que os adultos também cuidem de sua saúde. O índice alarmante de infecção pelo vírus na população brasileira ressalta a urgência de se proteger.

Cuide da saúde de sua família. Procure um posto de saúde e vacine seus filhos. Adultos também devem buscar orientação médica para se imunizar e acompanhar possíveis sinais do HPV. Prevenir é sempre o melhor remédio!

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Texto de Cátia Damasceno

Cátia Damasceno é Fisioterapeuta especializada em uroginecologia, coach, palestrante e idealizadora do Programa Mulheres Bem Resolvidas.